Informações gerais

O SETOR FERROVIÁRIO DE CARGA BRASILEIRO

 

Movimentação ferroviária — Toneladas Úteis

Em 2022, o setor ferroviário de cargas brasileiro mostrou uma redução de 1,2% na movimentação ao transportar pouco mais de 500 milhões de TU (toneladas úteis), em comparação ao movimentado em 2021.

Em mais de duas décadas de concessões, as associadas a ANTF apresentaram um crescimento de 98% na movimentação de cargas pelas ferrovias, em relação a 1997 — época do início das concessões, quando foram movimentadas 253 milhões de toneladas úteis; o crescimento anual médio foi de 2,76%, conforme apresentado no gráfico abaixo.

 

 

Produtividade (medida em Tonelada por Quilômetro Útil — TKU)

Em relação à produção ferroviária, em 2022 foram transportados 371,1 bilhões de TKU (toneladas por quilômetro útil), uma queda de 0,1% em relação a 2021.

Tal aumento foi alavancado pelo crescimento no transporte de produtos da indústria siderúrgica, cimenteira e de construção civil. Já em relação às commodities, os números foram dentro do esperado, com grande destaque para o transporte de milho, que apresentou crescimento de 182% em comparação a 2021, com o transporte de 44,7 bilhões de TKU em 2022.

Na sua série histórica, o setor experimentou sucessivos — e vigorosos, sempre acima do PIB — índices de crescimento, ano a ano. Desde o início das concessões, o crescimento em TKU foi de 170,5%, gerando um crescimento anual de 4,1%, conforme apresentado no gráfico abaixo.

 

 

Investimentos na malha concedida à iniciativa privada

Desde o início das concessões e até dezembro de 2022, as ferrovias já investiram mais de R$ 92 bilhões (valores correntes), que representam mais de R$ 156 bilhões se atualizados pelo IPCA. Esses recursos foram destinados, principalmente, para melhoria e recuperação da malha, compra e reforma de material rodante, e aquisição de novas tecnologias, capacitação profissional e qualificação das operações, entre outras áreas.

 

 

Material rodante

Com investimentos expressivos realizados em 2022, verificou-se um elevado crescimento na frota de material rodante. Em 1997, as ferrovias contavam com 1.154 locomotivas; em 2022, já somavam 3.100 unidades, representando um aumento de 169%. No mesmo período, o número de vagões passou de 43.816 para 112.640 — alta de 157%.

 

Redução do Índice de Acidentes

Em 2022, as ferrovias associadas à ANTF apresentaram um Índice de Acidentes Ferroviários — IAF de 11,07 acidentes por milhões de trem.km, redução de 85,34% em relação a 1996 — e mantendo os altos padrões internacionais de segurança.

 

Transporte “ecologicamente correto”

Um vagão graneleiro modelo HPT possui capacidade de transportar aproximadamente 100 toneladas de carga, o equivalente a cerca de três caminhões graneleiros (com capacidade aproximada de 33 toneladas de carga). Uma composição ferroviária composta por 120 vagões é capaz de transportar o equivalente a 368 caminhões graneleiros, ocasionando uma redução considerável da emissão de dióxido de carbono: segundo dados do Instituto de Logística e Supply Chain — Ilos, quando comparado ao rodoviário, o modal ferroviário emite menos cerca de 96% de dióxido de carbono (CO₂).

De acordo com dados do Sistema de Estimativas de Emissões e Remoções de Gases de Efeito Estufa (SEEG), em 2021 o modo ferroviário de cargas foi responsável por aproximadamente 2,9% das emissões nacionais de oriundas do setor de transporte de carga.

 

Geração de empregos diretos e indiretos

O número de empregos no setor (entre diretos e indiretos) cresceu 218% desde 1997: passou de 13.506 (naquele ano) para 42.979, em 2022.

 

Participação na Matriz de Transportes

Nesses mais de 26 anos de concessão à iniciativa privada, as ferrovias ampliaram a participação na matriz de transporte de cargas do Brasil — que corresponde, hoje, de acordo com o PNL — 2035, a 21,5% de “share”. Mas ainda há espaço para crescer. Veja dados comparativos no gráfico abaixo:

O Brasil ainda apresenta baixa densidade da malha se comparado a países de dimensões continentais, como Canadá, Índia e China, e mesmo diante de seus pares na América Latina, como México e Argentina.

Fontes: Ministério das Ferrovias da Índia, World Factbook, Departamento de Transportes da África do Sul, Governo do México, Ministério dos Transportes da Rússia, Agência Nacional dos Transportes Terrestres.

 

Para se ter uma ideia da importância das ferrovias na logística, em 2022 mais de 91% do minério de ferro exportado chegou aos portos brasileiros por trilhos. O modo ferroviário responde pelo transporte de mais de 42% dos granéis sólidos agrícolas que têm como destino outros países do globo e, no caso do açúcar e milho, esse índice chega a 51%; em relação ao complexo de soja (soja e farelo), as ferrovias transportaram quase 35% do volume total exportado.

 

Intermodalidade

Apesar de o transporte de minério e carvão representar cerca de 67% da produção ferroviária, as ferrovias têm diversificado suas cargas transportadas. A movimentação de contêineres, por exemplo, tem revelado uma expansão bastante positiva. Desde 1997, a movimentação de contêineres cresceu cerca de 165 vezes, com um aumento médio anual de 22,7%.

Em 2022, foram mais de 575 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) transportados por ferrovias, uma evolução positiva de 19% em relação a 2021 (483 mil TEUs).

 

 

Dados internacionais

As ferrovias — um dos meios mecanizados de transporte precursores na movimentação de cargas no mundo — ainda desempenham um papel fundamental na logística mundial. Muitas das principais economias do mundo têm a ferrovia como um dos meios básicos e eficientes de transporte de cargas.

Em 2021 as ferrovias dos Estados Unidos apresentaram um crescimento de 6,6% no transporte de cargas em comparação ao ano de 2020, e uma evolução de 4,9% no transporte de contêineres, de acordo a Association of American Railroads – AAR. A malha ferroviária norte-americana é a maior do mundo, com cerca de 140 mil milhas (aproximadamente 293,56 mil quilômetros).

Com uma representatividade de 81% na matriz de transporte, as ferrovias russas apresentaram em 2021 um aumento de 3,2% em relação ao ano anterior, de acordo com dados da Sea News.

Apesar de a malha brasileira ser pequena frente à malha desses países, as concessionárias de ferrovias de carga têm atingido um elevado ganho de produtividade graças aos investimentos crescentes e contínuos realizados nas duas últimas décadas e meia.

 


Fontes dados internacionais:

Informações do Setor

Comunicação e Imprensa

SETOR DE AUTARQUIAS SUL - QUADRA 01
BLOCO J - ED. CNT - TORRE A | SALA 605
70070-010 | BRASÍLIA/DF
Ver no mapa
  • T. (61) 3212-8900
Fechar

Fornecedores

Inscrições no local.

Fechar

PÚBLICO EM GERAL

Inscrições no local.

Fechar

IMPRENSA

Inscrições no local.

Fechar

Aviso

Agradecemos
seu contato

Sua mensagem foi enviada com sucesso!

Fechar

Aviso

Agradecemos
a sua inscrição

A organização enviará um e-mail com a confirmação do seu nome na lista de participantes do VII Brasil nos Trilhos 2018.