AVANÇO EXPRESSIVO DO TRANSPORTE DE GRÃOS
Escrito por: Antf | postado em: 17/06/2022
Modo ferroviário responde pela movimentação de cerca de 40% das commodities agrícolas
As ferrovias de carga têm um papel essencial no comércio exterior brasileiro e contam com uma participação crescente no volume transportado anualmente. Mais de 90% dos minérios chegam aos portos pelos trilhos, por exemplo.
Os trens de carga respondem ainda pelo transporte de cerca de 40% das commodities agrícolas exportadas. No caso do açúcar, esse índice é de 59,9%; O transporte ferroviário do farelo de soja e da soja corresponde, respectivamente, a 51% e a 33% do volume total que chega aos portos.
Há ainda boas perspectivas no segmento de contêineres, cuja movimentação cresceu, em 2021, mais de 138 vezes em relação ao início das concessões: as ferrovias associadas a ANTF transportaram no ano passado mais de 483 mil TEUs (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés), diante dos 3.459 registrados em 1997.
Porto de Santos
O modo também tem ampliado a sua participação no deslocamento de mercadorias até o porto de Santos, um dos principais portos do País e responsável por mais de 12% da exportação brasileira. Em 2010, as cargas transportadas pelos trens somaram 19 milhões de toneladas, 19,5% das mercadorias que passaram pelos terminais do porto, destinadas à exportação, naquele período. Em 2021, chegou a 43,6 milhões de toneladas, 44% das cargas. No caso do açúcar, o porto santista foi responsável no ano passado pela exportação de 18,8 milhões de toneladas (74% da exportação da commodity do Brasil); 56,2% daquele volume chegaram via trilhos.
Com os novos e robustos investimentos das associadas da ANTF — especialmente os da Rumo, aprovados em maio de 2020 com a renovação antecipada do contrato de concessão da Malha Paulista, e que visam a mais do que dobrar a sua capacidade, de 35 milhões para 75 milhões de toneladas até 2025 —, os percentuais acima deverão aumentar consideravelmente. A expectativa é de que, em dez anos, o modal responda por pelo menos metade das mercadorias que chegam e saem do cais santista.
Seguindo a experiência bem-sucedida de grandes portos dos Estados Unidos, Europa e China, a saída para a superação dos gargalos logísticos será via ampliação do modal ferroviário.