História das Ferrovias

O desenvolvimento ferroviário brasileiro
Acompanhe a história em suas diversas fases
O desenvolvimento ferroviário brasileiro sempre esteve intimamente ligado às políticas de governo, oscilando entre mais ou menor impulso de acordo com as ações do Estado ao longo da história. Com o fim de sistematizar essa relação, e inspirado nos estudos do engenheiro José Eduardo Castello Branco, procurou-se dividir a evolução do sistema ferroviário segundo fases cronológicas:
2018 – Atual
2018 – Atual

Fase VII

A partir de 2018 as primeiras prorrogações antecipadas são assinadas e, com isso, um novo ciclo de investimento é iniciado na malha existente no setor, com expansão da capacidade, resolução de intersecções urbanas e modernização tecnológica com novos materiais rodantes. Além disso, os novos trechos implantados pela Valec começaram a ser estruturados em novos contratos de concessão. O novo marco legal do setor, a Lei 14.273/2021 consolida o reconhecimento do papel fundamental que o capital privado tem no desenvolvimento do setor.
1990 – 2018
1990 – 2018

Fase VI

Período da Nova República, marcado pela concessão de todo o sistema ferroviário nacional. A partir de 2016, faltando aproximadamente uma década para as concessões se encerrarem, inicia-se a discussão em torno de sua prorrogação. Essa fase é caracterizada pela ascensão e liderança do capital privado na condução dos investimentos do setor.
1960 – 1990
1960 – 1990

Fase V

Situada quase que inteiramente ao longo do período em que a nação foi governada por um regime militar, estando a malha consolidada em poucas empresas públicas, ocorrendo a erradicação de ramais antieconômicos e a implantação de projetos seletivos de caráter estratégico.
1930 – 1960
1930 – 1960

Fase IV

Compreendendo a era Vargas e o pós-guerra, com o ritmo de expansão diminuindo e um amplo controle estatal das empresas antes privadas.
1889 – 1930
1889 – 1930

Fase III

Englobando a República Velha, ainda sendo observada uma expansão acelerada da malha, porém com o estado sendo obrigado a assumir o controle de várias empresas em dificuldades financeiras.
1873 – 1889
1873 – 1889

Fase II

Abrangendo o Segundo Reinado e caracterizada por uma expansão acelerada da malha ferroviária, por meio de empreendedores privados, estimulados pelo instituto da garantia de juros.
1835 – 1873
1835 – 1873

FASE I

Durante a Regência e o Segundo Reinado, sendo observado o início da implantação de ferrovias no Brasil e o desenvolvimento desse sistema de transporte de forma lenta, por intermédio de empresas essencialmente privadas.
até 1835
até 1835

Fase 0

Essa fase da história é caracterizada pelo surgimento conceitual das ferrovias, junto à exploração de minas de carvão na Inglaterra. A ferrovia resolvia o transporte do principal insumo energético para as máquinas à Vapor da revolução industrial inglesa: o carvão. Nesse período, observou-se rápido progresso na incorporação e desenvolvimento da tecnologia do setor.

Cronologia:

Século XVII – Vagões de madeira, circulando em trilhos de madeira, são utilizados em minas de carvão do norte da Inglaterra.

1776 – Trilhos de madeira são substituídos por trilhos de ferro, nas minas de carvão de Shropshire, Inglaterra.

1801 – Autorização do governo inglês para exploração da primeira ferrovia de carga: a Surrey Iron Railway.

1803 – Início da operação na Surrey Iron Railway, ligando Wandsworth a Croyden, Inglaterra, com tração animal.

Emprego da tração animal em ferrovias

1804 – Richard Trevithick testa o emprego de locomotiva a vapor para substituir a tração animal, sem sucesso, pois essa máquina mostrou-se incapaz de subir pequenas rampas por falta de peso para produzir aderência.

1807 – Início da operação da primeira ferrovia de passageiros: a Oystermouth Railway, na Inglaterra, com tração animal.

1812 – Emprego de locomotiva a vapor, com rodas e um dos trilhos dentados (semelhantemente a uma cremalheira), na Middleton Railway, Inglaterra, para superação dos problemas de aderência.

1825 – Abertura ao tráfego da Stockton e Darlington Railway, Inglaterra, onde foi empregada uma locomotiva a vapor com razoáveis condições de tração e aderência, projetada por George Stephenson.

Locomotiva a vapor de Stephenson

1828 – Promulgada, no Brasil, a Lei José Clemente, que autoriza a construção de estradas no País, por empresários nacionais ou estrangeiros.

1830 – A Liverpool e Withstable Railway, Inglaterra, substitui toda a tração animal por locomotivas a vapor.