INVESTIMENTOS ULTRAPASSAM R$ 156 BI

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Recursos das ferrovias foram direcionados para recuperação da malha, compra/reforma de material rodante e novas tecnologias.

As ferrovias associadas à ANTF — exemplos de sucesso da concessão de serviços à iniciativa privada — investiram mais de R$ 92 bilhões entre 1997 e 2022; o valor equivale a R$ 156,45 bilhões, se atualizados com base no IPCA. Os recursos contemplam, principalmente, a melhoria e a recuperação da malha, a compra e a reforma de material rodante, além da aquisição de novas tecnologias, capacitação profissional e qualificação das operações, entre outros.

Esses recursos possibilitaram um significativo aumento na frota de material rodante. Em 1997, as ferrovias contavam com 1.154 locomotivas. Em 2022, já somavam 3.100 unidades, uma elevação de 169%. No mesmo período, o número de vagões passou de 43.816 para 112.640, uma expansão de 162%.

Esses investimentos também permitiram uma evolução qualitativa e quantitativa no capital humano. Além de realizar uma ampla capacitação de pessoal, as concessionárias promoveram uma escalada de contratações e o número de empregos diretos e indiretos no setor deu um salto de 218% desde 1997: passou de 16.662 para 42.979 colaboradores, em 2022.

Ao transferir as operações das malhas ferroviárias à iniciativa privada, os cofres públicos também foram impactados positivamente. As empresas ferroviárias pagaram mais de R$ 70 bilhões (ou mais de R$ 102 bilhões, se atualizados pelo IPCA) entre concessões, arrendamentos e tributos federais, estaduais e municipais, revertendo um grande prejuízo causado pela extinta RFFSA (Rede Ferroviária Federal S.A.), empresa que controlava a maioria das ferrovias existentes. Antes do processo de concessão, a estatal gerava um déficit anual de R$ 300 milhões. Em 1996, quando as malhas começaram a ser concessionadas, o passivo da RFFSA ultrapassava os R$ 2,2 bilhões, ou o equivalente a US$ 1 milhão por dia.

Com esses dados, é possível concluir que o processo de concessão das ferrovias foi importante não apenas para a recuperação do setor e a geração de empregos, mas também para o desenvolvimento do País.

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Cronologia:

Século XVII – Vagões de madeira, circulando em trilhos de madeira, são utilizados em minas de carvão do norte da Inglaterra.

1776 – Trilhos de madeira são substituídos por trilhos de ferro, nas minas de carvão de Shropshire, Inglaterra.

1801 – Autorização do governo inglês para exploração da primeira ferrovia de carga: a Surrey Iron Railway.

1803 – Início da operação na Surrey Iron Railway, ligando Wandsworth a Croyden, Inglaterra, com tração animal.

Emprego da tração animal em ferrovias

1804 – Richard Trevithick testa o emprego de locomotiva a vapor para substituir a tração animal, sem sucesso, pois essa máquina mostrou-se incapaz de subir pequenas rampas por falta de peso para produzir aderência.

1807 – Início da operação da primeira ferrovia de passageiros: a Oystermouth Railway, na Inglaterra, com tração animal.

1812 – Emprego de locomotiva a vapor, com rodas e um dos trilhos dentados (semelhantemente a uma cremalheira), na Middleton Railway, Inglaterra, para superação dos problemas de aderência.

1825 – Abertura ao tráfego da Stockton e Darlington Railway, Inglaterra, onde foi empregada uma locomotiva a vapor com razoáveis condições de tração e aderência, projetada por George Stephenson.

Locomotiva a vapor de Stephenson

1828 – Promulgada, no Brasil, a Lei José Clemente, que autoriza a construção de estradas no País, por empresários nacionais ou estrangeiros.

1830 – A Liverpool e Withstable Railway, Inglaterra, substitui toda a tração animal por locomotivas a vapor.